O Comitê de Crise do Setor de Saúde para Covid-19, formado pelas associações setoriais e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, se reuniu, por videoconferência, em 6 de maio, com a diretora da Anvisa, Alessandra Bastos. O encontro foi solicitado pelos representantes dos diversos segmentos da saúde. Pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde participaram o diretor técnico, Sérgio Madeira, e o diretor executivo, Bruno Bezerra.
Sérgio Madeira solicitou à Anvisa que reforçasse a orientação para todo o sistema de vigilância sanitária nos Estados e Municípios para ficarem atentos à necessidade de cumprimento pelos hospitais da RDC 15/2012 como um todo e em especial ao artigo 71. Ele determina que “os produtos para saúde e o instrumental cirúrgico consignado e disponibilizado pelo distribuidor devem ser submetidos à limpeza por profissionais do CME do serviço de saúde, antes de sua devolução”. “É preciso evitar que os funcionários dos distribuidores possam, eventualmente, se contaminar com a Covid-19 e ainda potencialmente ‘transportar’ o vírus para ambientes fora dos hospitais”, ressaltou o diretor técnico. Alessandra Bastos anotou o alerta, concordou ser importante o tema e disse que iria encaminhá-lo internamente às áreas responsáveis.
A diretora da Anvisa comentou, em um determinado momento que a Agência possui recursos limitados e atualmente conta com 900 funcionários. O diretor executivo da ABRAIDI fez uma intervenção e lembrou que Willian Dib, ao assumir a presidência, em setembro de 2018, já falava de um número reduzido de colaboradores para a enorme demanda e a necessidade em modernizar a TI, o que não ocorreu durante o mandato de Dib.
Com a redução histórica de pessoal, com as restrições econômicas e crise fiscal vivida pelo Governo Federal, desde 2016, e sem perspectivas de concursos, Bruno Bezerra questionou se existia risco, no médio prazo, e se a Agência precisava de apoio político do setor para equacionar a situação. Alessandra Bastos concordou com tudo e, sendo uma questão vital, afirmou ser necessária uma ajuda setorial para mobilizar as forças políticas e atuar no problema antes que comece efetivamente a refletir em demora de processos e pedidos, entre outros. Sobre a TI, a diretora admitiu o problema e que não entende como isso avançou pouco.