O presidente da ABRAIDI defende que os melhores caminhos são investimentos em tecnologia, produção interna de insumos básicos e união de players
O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, participou do 5º episódio da série Diálogos Digitais – ‘O futuro dos suprimentos de saúde’, promovida pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica – Abramed. O encontro online debateu a situação atual da saúde e os novos desafios da área, em 6 de outubro, e abordou o suprimento da saúde no Brasil.
Sérgio Rocha comentou os desafios enfrentados pelos associados devido a maior parte dos insumos serem importados e destacou a atuação da ABRAIDI, que fez diversas reuniões com órgãos públicos para auxiliá-los. “A pandemia mostrou a dependência que a saúde tem do que vem de fora e o quanto estamos aquém do resto do mundo quando pensamos em tecnologia. Nunca antes a saúde ganhou tanta evidência, como diz o ditado: o cavalo está passando, ou montamos nele e vamos para algum lugar bom, ou perderemos a oportunidade”, analisou.
O presidente ainda fez um balanço sobre o cenário ideal de produção e importação de insumos de saúde. “A produção deveria ser dividida em duas partes: os produtos que têm grande demanda e que as indústrias nacionais têm capacidade e competitividade para fornecer, deveriam ser produzidos internamente. Os insumos que precisam de muita tecnologia e, consequentemente, exigem mais tempo e investimento, deveriam continuar sendo importados, porém, serem estudados por um centro de pesquisa nacional. A pandemia nos ensinou o caminho é união e ciência.”, finalizou Rocha.
A Abramed vem promovendo diversos debates setoriais. Esse episódio, que foi o quinto, contou com a abertura da diretora executiva da Associação, Priscilla Franklim Martins, e moderação do membro do Conselho Fiscal da Abramed e diretor de Operações do Hermes Pardini, Guilherme Collares. Além do presidente da ABRAIDI, participaram a diretora-executiva da Medical Fair Brasil, Malu Sevieri, o CEO da DB Diagnósticos do Brasil, Antonio Fabron Jr. e o diretor-executivo da Diagnóstica Cremer, Thiago Liska. Eles falaram sobre os problemas enfrentados durante a pandemia, principalmente em relação à falta de insumos e dificuldades de logística, a necessidade de se pensar no coletivo e união para otimizar processos e debateram mecanismos tecnológicos para diminuir a vulnerabilidade do setor em outros momentos de crise.