A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde participou, em 13 de junho, de uma reunião promovida pela Anvisa com representantes governamentais dos BRICS e executivos da indústria de produtos médicos. O encontro foi realizado no Hotel Manhattan Plaza, em Brasília, e teve como objetivo promover a cooperação global na área da saúde entre os países fundadores — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — e as nações que se associaram ao grupo. Foram discutidos projetos conjuntos, o compartilhamento de boas práticas e a criação de parcerias.
“A reunião foi também uma oportunidade para avaliarmos como está a cooperação internacional na área da saúde e o atendimento às necessidades regulatórias para o desenvolvimento de negócios da indústria brasileira com os demais países que compõem os BRICS”, explicou o diretor técnico Sérgio Madeira, que representou a ABRAIDI no encontro.
“Do ponto de vista dos importadores, podem ser consideradas eventuais oportunidades com produtos de baixo risco e de grande consumo, a partir de plataformas industriais — principalmente da Ásia. Entretanto, esses países ainda não estão em condições de oferecer dispositivos médicos de alta tecnologia, com exceção, talvez, da China”, completou Sérgio Madeira.
O diretor técnico acredita que o evento fortaleceu a imagem do Brasil como líder em saúde global e ressaltou a possibilidade de contribuirmos para o desenvolvimento sustentável dos países membros dos BRICS. “Ouvimos relatos de representantes da China, Rússia, África do Sul, do nosso Ministério da Saúde, além de Índia, Indonésia e Egito, que participaram remotamente”, informou o diretor da ABRAIDI.
Coube à ABIIS — Aliança da qual a ABRAIDI faz parte —, por meio da representante Letícia Seixas, apresentar um resumo do atual estágio do mercado brasileiro de dispositivos médicos, avaliado em US$ 15,4 bilhões, com 43,5% de produtos importados, em sua maioria provenientes dos EUA e da Europa.
“Foi destacada ainda a dificuldade enfrentada pela Anvisa na gestão deste imenso sistema de saúde brasileiro, com um quadro de pessoal progressivamente deficiente desde a fundação da Agência, apesar de inúmeras medidas de desregulamentação, como a notificação para produtos de baixo risco, a extensão da validade dos registros para 10 anos e, mais recentemente, a adoção do Reliance, ainda em fase de maturação”, destacou Sérgio Madeira.



