A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde marcou presença nos debates do Welcome Saúde, em 7 de fevereiro, no Royal Tulip, em Brasília/DF e também foi apoiadora oficial. O evento, organizado pelo Grupo Mídia, reuniu dezenas de lideranças do setor, especialistas e autoridades públicas.
O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, participou da mesa que discutiu as iniciativas políticas e econômicas para suprir a necessidade de saúde para todos, como determina a Constituição. O moderador foi o diretor executivo do Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP, Marco Bego, e teve como debatedores, além de Sérgio Rocha, o diretor de Relações Governamentais da Associação Nacional de Hospitais Privados, Marco Aurélio Ferreira; o diretor presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto; e o presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Adelvânio Francisco Morato.
O presidente da ABRAIDI enfatizou vários pontos como a união do setor que é fundamental na discussão dos temas comuns; fez um breve resumo das dificuldades que os distribuidores enfrentaram durante a pandemia e o papel fundamental que eles possuem no sistema; e falou sobre a necessidade de discussões e principalmente ações coordenadas do setor para se avançar em temas centrais, como o prontuário único, o financiamento do sistema de saúde, entre outros. Sérgio Rocha destacou os ajustes que precisam ser promovidos no setor, tanto público quanto privado, para a sustentabilidade do sistema nacional de saúde. “O setor público precisa de mais recursos e ser melhor gerido”, afirmou.
O diretor da Anahp frisou a importância das entidades da saúde dialogarem com os parlamentares e levar as respectivas demandas e que a setor deveria ter uma pauta mínima de temas comuns a todos os elos da cadeia e que isso fosse levado ao Parlamento para discussão. Marco Aurélio Ferreira citou como exemplo de um trabalho conjunto que o segmento fez em São Paulo, na questão do ICMS, que teve como capítulo final ontem a sanção do PL 82, que retirou a discricionariedade do governador de retirar benefícios fiscais sem passar pela Assembleia.
Já o diretor da Fundação Hemocentro de Brasília destacou várias passagens de sua experiência como Secretário de Saúde do DF para aumentar o acesso da população. E o presidente da FBH reiterou a importância dos 4200 hospitais de médio e pequeno porte que são associados da Federação e que sofrem com dificuldades financeiras, na contramão da grande responsabilidade de atender boa parte da população brasileira.
Outra mesa tratou das mudanças no comando do país com a nova gestão, seus impactos na saúde, reformas administrativa e tributária, além de tratar de questões financiamento e custos com a participação do presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde, Renato Casarotti; do Deputado Federal pelo PP/RS, Pedro Westphalen; o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, Paulo Henrique Fraccaro e representante do Conasems, Hisham Hamida.
Renato Casarotti defendeu a união do setor em pautas comuns e destacou, principalmente, como avanços muito necessários para a saúde tanto a Reforma Tributária quando a constituição da Rede Nacional de Dados em Saúde. Já o deputado Westphalen ressaltou a necessidade de se fazer uma reforma administrativa para melhorar o nível de qualidade do serviço público na saúde e para equilibrar economicamente o sistema. Fraccaro comentou que a política industrial de saúde tem que ser de estado e não de governo e que o setor precisa se unir mais. O representante do Conasems trouxe a perspectiva do gestor municipal na área e das dificuldades crônicas que o sistema público tem, defendeu mudanças em processos de gestão para ganhos de qualidade, acesso e economia de recursos, além de defender uma reforma administrativa. Destacou que os sistemas público e privado devem trabalhar juntos mas que são sistemas com características diferentes por natureza e que há especificidades de cada um que devem ser levadas em conta.
Confira como foi o evento:
