A ABRAIDI promoveu, em 14 de fevereiro, o Webinar “Perspectivas macroeconômicas e do setor de produtos para a saúde”, em parceria com a XP Investimentos e a Strada.
O evento foi aberto pelo diretor executivo da ABRAIDI, Bruno Bezerra, ressaltando que o tema é bastante pertinente e útil pela Associação ser formada por empresas distribuidoras e importadoras de produtos para a saúde, que têm operações atreladas ao câmbio. “O ano começou bastante quente na questão sobre juros e é importante ouvirmos a percepção de executivos ligados ao mercado financeiro”.
Bruno Bezerra falou de como a pandemia afetou o setor de saúde com aumento do frete e a pressão no câmbio que saltou do patamar de R$ 3,94 para mais de R$ 5,16. O diretor executivo abordou a retomada que aconteceu no ano passado com procedimentos eletivos, exames e consultas voltando lentamente. E analisou as características de cada segmento da saúde, como hospitais e planos de saúde, que são clientes dos associados, com oscilações distintas nesse longo período da crise sanitária. “As demandas de SUS e privado seguem reprimidas. E no cenário futuro há perspectivas ruins de aumento de glosas e prazo médio de recebimentos dos planos de saúde para os hospitais. Um tema que faz parte do dia a dia de nossos associados há muito tempo”, completou.
O sócio fundador da Invista Strada, escritório credenciado a XP Investimentos, Marcelo Uva, comentou que os investimentos são importantes para qualquer negócio, nos dias de hoje. “A XP revolucionou a forma de atender pessoa física e agora vem crescendo entre as empresas. Dentro da ABRAIDI podemos trazer soluções especiais para os associados na gestão do caixa e trabalhar os melhores investimentos analisando questões tributárias”, contextualizou Uva. “O cenário econômico vem mudando bastante com uma Selic de 14%, inflação preocupante e incertezas futuras. O Brasil é um país que se caracteriza por mudanças muito rápidas”, disse o especialista.
O diretor técnico da XP Private, Fernando Tavares, apresentou os cenários internacional e doméstico para projetar por onde poderíamos caminhar. “Antes da pandemia vínhamos num voo de cruzeiro e, depois de dois anos em ‘lockdown’, reanalisamos tudo com fragilidade das economias, queda de juros e muito dinheiro sendo colocado pelos governos, o que provocou a inflação dos dias de hoje”, analisou. “Agora todo o mundo está tentando trazer juros e inflação para patamares reais”, complementou. Ele contou que os especialistas monitoram a possibilidade ou não de uma recessão no cenário futuro tanto nos Estados Unidos, como na Europa e China, incluindo Ásia.
Para Fernando Tavares, o início do novo governo foi de muito barulho “A gente está acostumado com esse movimento fazendo com que os mercados reajam com muita volatilidade. Afinal, o que o mercado financeiro não gosta é de incertezas”, explicou. “Sempre tentamos interpretar para saber o que é real e o que é ruído vindo do governo”. O diretor técnico da XP Private contou que os fatores locais aumentaram a volatilidade do câmbio, mas os globais não, o que deixa o Real um pouco mais forte, com o mesmo se refletindo na Bolsa e ressaltou que as políticas fiscais e monetárias precisam andar em harmonia. “O presidente do BC e o da República precisam chegar num consenso com alinhamento e reformas, como a tributária, sem ruídos políticos. Juro alto não é bom para ninguém”.
O sócio da Invista Strada, Renato Pierry, foi o terceiro a falar e abordou os investimentos que pode oferecer às pequenas e médias empresas como operações com compromisso de recompra na data de vencimento do título e o risco da XP, que é triplo A. “O empresário busca isso por já correr riscos na área operacional”, explicou e fez comparativos com outras aplicações. Renato Pierry fez exposição também de aplicações CDB’s rating AAA.
O Head FX & FICC da XP Investimentos, Felipe Riberti, tratou das operações de câmbio contando como têm buscado formas distintas de operações rotineiras e muito regulamentadas. Felipe Riberti detalhou as operações que realizam na PJ e pessoa física com atuação com as principais moedas globais. O executivo ainda mostrou as diferenciações do câmbio da XP e dos demais bancos, sem taxas e despesas que são cobradas sem serem repassadas aos clientes. “Oferecemos maior competitividade”, resumiu. Na sequência falou o diretor e sócio da Studio Fiscal, Yuri Ghabril, parceiro da XP e Strada, que abordou o compliance fiscal.
Após as palestras, os executivos responderam dúvidas dos associados.
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