A ABRAIDI participou e co-organizou o Masterclass ABRAIDI dentro da SAHE at Home, em 27 de janeiro. O evento, que mudou de formato por conta da pandemia de Covid-19, está sendo realizado totalmente online de 25 a 29 de janeiro.
O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, fez a apresentação dos dois painéis do Masterclass. Destacou que a primeira palestra, sobre as perspectivas para 2021 com um olhar para o que aconteceu no ano passado, trouxe referências sobre os desafios a serem enfrentados com base nas experiências vividas. O segundo tema versou sobre a tão essencial Reforma Tributária e de que forma as mudanças fiscais podem afetar a área da saúde.
O presidente da Dextron Consulting, Celso Ienaga, abordou as perspectivas para os fornecedores de dispositivos médicos no pós-pandemia. Ienaga apresentou o impacto econômico que a Covid-19 provocou na economia mundial e inclusive no Brasil com mudança na distribuição de renda, educação, infraestrutura das empresas, a questão de mobilidade e efeitos geopolíticos, entre tantos outros. “Houve uma disrupção de 10 anos em apenas 8 semanas para algumas situações, como o trabalho remoto”, exemplificou o consultor. “Vamos nos adaptar a isso ou nos acomodar?”, provocou Celso Ienaga. A coordenação do painel foi de Sérgio Rocha e teve a participação do diretor-executivo da ABRAIDI, Bruno Bezerra.
Falando especificamente na área da saúde, Ienaga abordou o impacto em seguradoras de saúde que enfrentaram uma redução global com a migração de pessoas de planos mais sofisticados para os mais básicos. Os procedimentos eletivos despencaram afetando fortemente hospitais e fornecedores. “Todos tiveram que repensar a sua equação diante desse impacto”, completou. O consultor reforçou algumas tendências que seguem em crescimento como a telemedicina, o home care e as atitudes proativas das pessoas por hábitos mais saudáveis, com mais inovações e muita tecnologia.
O especialista em Direito Tributário e professor do Insper, Alberto Macedo, foi o palestrante do segundo painel e tratou da “proposta ‘Simplifica Já’ e o setor da saúde” e a emenda 144 à PEC 110. “As demais propostas que tramitam no Congresso aumentam a carga tributária e impactam mais no setor de serviços. O nível de complexidade fiscal do Brasil faz com que lideremos o ranking mundial neste quesito e precisa ser mudado. Temos o ICMS como o maior impacto negativo sobre a competitividade, segundo a CNI”, informou o especialista. “O ‘Simplifica Já’ está estruturado em equidade horizontal: ‘se todos pagarem, todos pagam menos’; equidade vertical: ‘os ricos precisam pagar mais do que os mais pobres’; transparência, onde o consumidor consiga enxergar com clareza a alíquota do imposto; legalidade, atacando de frente o Confaz pela descoordenação em relação ao ICMS; e a simplicidade, com um sistema único nacional de nota fiscal eletrônica. Assim precisamos reformar os 27 ICMS que existem no país, os milhares de ISS existentes, o PIS/Cofins e desonerando parcialmente a folha para as empresas que mais empregam”, resumiu.
O painel teve também a participação de Bruno Bezerra e da assessora tributária da ABRAIDI, Hella Gottschefsky, que lembrou da complexidade fiscal adicional enfrentada pelos associados da ABRAIDI com uma infinidade de regras fiscais.
O conteúdo completo do Masterclass ABRAIDI pode ser conferido no canal do Youtube da SAHE: https://www.youtube.com/watch?list=PLHzpUAgdcVQE6YGSvIw1GTOQorvv5zAly%3Fcontrols%3D1&v=gZgZIpn8YE8&feature=emb_logo