No semestre passado, a ABRAIDI lançou a 6ª edição do Anuário “O Ciclo de Fornecimento de Produtos para Saúde no Brasil”. O estudo revelou dados alarmantes sobre as distorções no setor da saúde. Os números foram os piores, desde que o levantamento começou a ser feito, em 2017, com um contingenciamento praticado por hospitais e planos de saúde da ordem de R$ 2,1 bilhões.
As distorções praticadas representavam, para as associadas da ABRAIDI, 23,1% do faturamento, sendo que as retenções – quando a fonte pagadora, após a realização de uma cirurgia previamente autorizada, não permite o faturamento dos produtos consumidos, postergando assim o pagamento – foram de 12%, com volume financeiro de R$ 1,085 bilhão. Além das retenções foram registradas glosas injustificadas e inadimplência.
Recentemente, a ANAHP, associação que reúne os hospitais privados, realizou pesquisa semelhante e constatou os mesmos problemas em relação aos planos de saúde.
“Precisamos de um posicionamento urgente da ANS, em promover uma discussão entre todos os players. Não queremos apontar se a, b ou c estão à frente destes problemas, queremos sentar para chegarmos a uma solução. A situação atual já afeta a sustentabilidade de todo o sistema”, explica o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha.