Em evento para mais de 200 pessoas, projeto Conexões ABRAIDI é lançado na Hospitalar

Programa será um grande ecossistema de saúde no Brasil, para interligar os diferentes elos da cadeia de valor nacionais e internacionais

A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde lançou o Conexões ABRAIDI – um programa para conectar empresas internacionais, prestadores de serviços, consultorias e associadas – em evento durante a Hospitalar 2023, no dia 25 de maio. O presidente Sérgio Rocha anunciou que “o Conexões ABRAIDI foi criado para atender uma necessidade dos associados e disponibilizar um ponto de apoio entre as empresas que estão fora do país e querem se estabelecer no Brasil, ou aquelas que querem atuar em outros estados ou no exterior”.

 O gerente de Conteúdo e Compliance da Associação explicou que o Conexões ABRAIDI foi pensado para ser um grande ecossistema de saúde, que interligará os diferentes elos da cadeia de valor. “Vamos apresentar o mercado brasileiro para o mundo e entender o horizonte tecnológico em âmbito internacional. Na frente de conteúdo, serão realizados eventos bilaterais com o objetivo de apresentar os principais requerimentos, regulamentações e particularidades do sistema de saúde dos países”, disse Davi Uemoto.

Com o programa, a ABRAIDI poderá orientar empresas estrangeiras e brasileiras em estágio inicial a entenderem as particularidades e os desafios do mercado de produtos para saúde no país. “Temos um suporte jurídico e regulatório, além de fornecer dados e indicadores setoriais”, ressaltou Davi Uemoto. Outra ferramenta disponível terá o objetivo de conectar empresas estrangeiras, que pretendem entrar no mercado brasileiro, com empresas distribuidoras e importadoras que já atuam no mercado nacional. “Podemos atender delegações internacionais, câmaras de comércio, consulados, embaixadas e entidades governamentais de outros países, mapear potenciais distribuidores e fornecedores, organizar rodadas de negócios, feiras e encontros”, detalhou o gerente de Conteúdo e Compliance da Associação.

Jornada do setor de dispositivos médicos abordou os principais temas que devem ser observados pelas empresas no Brasil e no exterior

O evento de lançamento teve uma série de palestras. O diretor sênior Latam da IQVIA, Marcelo Meletti, destacou que o mercado global de medtech deve superar os US$ 600 bilhões em 2023, tendo o Brasil com 2% de participação mundial e 29% na América Latina. Segundo ele, o mercado é amplo com uma dinâmica heterogênea de crescimento dentre os seus vários setores, mas muito concentrado. “As 10 maiores companhias representam 40% de tudo que é comercializado e consumido”, revelou. O palestrante definiu o setor como muito dinâmico, com mais de US$ 150 bilhões em transações, nos últimos cinco anos. As áreas que mais devem se destacar nos próximos anos são nanotecnologia na medicina, dispositivos inteligentes e IoT, equipamentos vestíveis, detecção de bactérias e tratamentos de depressão.

A coordenadora de Materiais Implantáveis em Ortopedia da Gerência de Tecnologia de Materiais de Uso em Saúde da Anvisa, Márcia Ribeiro, falou sobre o Dossiê Técnico da RDC n° 751/2022, que é composto por seis capítulos: informações administrativas e técnicas da submissão; descrição do dispositivo médico e contexto de aplicação; evidências não clínicas; evidências clínicas; rótulos e instruções de uso; e informações sobre processo produtivo (sistema de qualidade). E fez um alerta: “vocês são responsáveis pelas informações que vocês prestam. Cuidado quando vão assinar documentos. O técnico pode assinar pelo legal, mas o legal não tem procuração para assinar pelo técnico”. Ela finalizou explicando as três mudanças de reenquadramento: alteração de classe de risco sem alteração de regime de regularização; alteração de registro para notificação; e alteração de notificação para registro.

O sócio do Centro Médico Logístico (CML), José Roberto Alegre, destacou as oportunidades do mercado médico hospitalar no Brasil, “que é o maior na América Latina, tem boa estrutura hospitalar, profissionais altamente treinados, população em processo de envelhecimento e é um setor receptivo a inovação”, elencou. Ele detalhou os desafios, as estratégias de acesso, os canais de entrada e os processos de importação. E sugeriu que “as maiores oportunidades estão nos mercados de nichos, inovação e especialidades médicas”.

A jornada terminou com uma palestra sobre certificação de produtos médicos, com o diretor da QC Cert, Marcelo Carrenho, que ressaltou: “a certificação protege a sociedade. Que bom que estamos em um país que tem uma regulamentação forte. É importante obedecê-la e segui-la”. Ele apresentou quem são os personagens envolvidos e a regulamentação aplicável, explicou o processo de certificação e expôs quais produtos e equipamentos precisam de certificação.

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