Associadas do Centro-Oeste denunciam atraso de pagamentos e imposição de descontos por hospitais e operadoras de saúde

O quarto encontro regional reuniu empresas do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 83% delas enfrentam problemas logísticos para transportar produtos de saúde em enquete realizada com expressivo aumento de custos.


A ABRAIDI realizou, em 27 de maio, mais um encontro com associados de três estados e do Distrito Federal. Assim como nas reuniões anteriores, os executivos relataram problemas logísticos provocados pela pandemia de Covid-19, associado com o agravamento de queda em cirurgias eletivas e emergenciais. Os associados ainda fizeram duros relatos sobre atraso de pagamentos e imposição de descontos por parte de hospitais e operadoras de saúde. 

Um associado de Brasília lembrou que uma das maiores redes de hospitais privados do país prorrogou pagamentos e determinou descontos em faturas já emitidas. “O atraso passa de 75 dias, após o faturamento”, informou. O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, que abriu o encontro online, lembrou que apenas seis planos de saúde dominam a maior parte do mercado. “Eles são fortes, mas não podemos aceitar. Temos buscado diálogo e denunciado essas distorções até na Comissão de Valores Mobiliários”, afirmou. O conselheiro da ABRAIDI, Roberley Polycarpo, ressaltou que o dólar aumentou, em média, 50% e têm sido absurdas as imposições de descontos após o faturamento, além dos inaceitáveis atrasos de pagamentos.

O diretor-técnico da ABRAIDI, Sérgio Madeira, pediu que os presentes denunciassem as irregularidades no Canal do Instituto Ética Saúde. As denúncias são necessariamente sigilosas, podem inclusive ser anônimas, feitas por telefone (0800-741-0015), por e-mail ou através do site (https://www.canalconfidencial.com.br/canaleticasaude/).
  
Os associados também relataram diversos problemas logísticos enfrentados, que têm afetado 83% das empresas da região, como uma carga que levou uma semana para ser transportada de Brasília para o Mato Grosso, outra que não pode ser efetivada para Rondônia por falta de voo para o estado e uma terceira carga de produto para saúde perdida por falta de refrigeração em São Paulo. 50% afirmaram que houve aumento nos custos logísticos entre 50% a 100%, 33% entre 30% e 49% e 7% disseram que os valores para transportes cresceram mais de 100%, segundo pesquisa realizada durante reunião.

Os participantes revelaram, em média, queda de 70% no faturamento das empresas pelas consequências da pandemia do coroavírus com suspensão de cirurgias eletivas e emergenciais. 

O diretor executivo, Bruno Bezerra, lembrou das ações promovidas pela ABRAIDI, nos últimos meses, na programação para os próximos e destacou que a Associação está ao lado das empresas nesse difícil momento com a ampliação de suas atividades. Sérgio Rocha, ao finalizar, conclamou que todos estejam preparados para a retomada pós-pandemia.  

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