A ABRAIDI, que tem como valor o ‘Contínuo foco no ser fragilizado – o paciente’, vê com extrema preocupação a denúncia feita pela TV Band em matéria exibida em rede nacional, no Jornal da Band, e na Band News, onde a Amil orienta médicos na escolha de próteses pelo preço, ou seja, pelo DMI mais barato: https://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/16704336/operadora-de-saude-orienta-hospital-a-usar-material-barato. A orientação por escrito foi feita pela United Health Group, controladora da Amil. Um advogado especializado em saúde e ouvido pela reportagem esclareceu que a prática é ilegal.
Como entidade que representa uma importante parcela da cadeia de valor da saúde brasileira, a ABRAIDI alerta a população e as autoridades para que este assunto seja analisado sob uma potente lente. O paciente é realmente informado sobre o que é melhor para ele?
A Associação se posiciona favorável à legislação em vigor no país. A lei garante que o médico tem a liberdade de optar por três marcas diferentes para utilizar nas cirurgias, ou seja, a prerrogativa da escolha é técnica e médica e não pode estar atrelada a qualquer questão financeira, como o valor pago pelo usuário ao plano de saúde. As próteses são implantadas com o suporte de equipamentos instrumentais e os médicos, muitas vezes, têm maior afinidade com algumas marcas, e não, necessariamente, com todas existentes no mercado. A Sociedade Brasileira de Ortopedia também irá cobrar o respeito à legislação e ao critério médico.
“Cada vez mais, precisamos discutir a saúde no Brasil de forma ampla e absorvendo todos os players. Não podemos deixar a saúde privada no Brasil sob o domínio apenas das principais operadoras de saúde, sob a pena de caminharmos a passos largos rumo ao caos do sistema de saúde como um todo, em nosso país”, alerta o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha.