A ABRAIDI promoveu, em 24 de outubro, a palestra “Distribuidores & Hospitais: treinamento, educação e atualização”. O evento foi presencial com 29 executivos e online para mais de 190 inscritos por todo o país e realizado no auditório da Escola Superior de Ética Corporativa, Negócios e Inovação – ESENI, em São Paulo.
O diretor técnico da ABRAIDI, Sérgio Madeira, fez a abertura e apresentou a conferencista Ana Miranda, que atuou na área de central de materiais há muitos anos e domina o assunto como poucos. “Conhecer melhor o perfil do tomador de decisão é importante para o distribuidor entrar nos hospitais de forma mais efetiva não somente em relação ao desempenho, mas também no relacionamento profissional de boa qualidade”, destacou Madeira.
A conferencista e enfermeira Ana Miranda, que trabalhou na Prefeitura de São Paulo e na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e atualmente é consultora, fez uma explanação inicial e depois deixou um longo tempo para esclarecer dúvidas da plateia presencial e online. Ana Miranda lembrou que é de extrema importância a interação entre os distribuidores e a equipe técnica dos hospitais, para que ambos conheçam suas dificuldades e necessidades. “Não vejo outro caminho sem o diálogo constante”, afirmou.
Para a especialista, 70% das escolhas de materiais e medicamentos são dos médicos que representam o eixo principal de todas as solicitações. “O médico é a pessoa estratégica na escolha das Órteses, Próteses e Materiais Principais – OPME. O ponto crítico depois da escolha é operacionalização com a logística de solicitação e autorização de uso”, complementou. “Receber, conferir, preparar e disponibilizar o material para uso são os próximos passos para as equipes de suporte. Se o pedido vem errado, os problemas podem seguir em cascata e terminar com uma recusa de pagamento pela operadora”, esclareceu Ana Miranda.
O trabalho deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar integrada e com extremo conhecimento técnico/científico muito específico para evitar o retrabalho e aumento de custo. “Cada hospital tem um perfil e um fluxo interno de demanda, que deve ser conhecido pelo distribuidor para aperfeiçoar o fornecimento de OPME”.
Ana Miranda falou dos gastos nessas operações pelos hospitais e os trabalhos envolvidos em sequência, como auditorias internas de processos para solucionar lacunas, problemas e trazer soluções. A consultora sugeriu a leitura de “O processo de compra e gestão de OPME do século XXI”, documento que está disponível na internet.
Sobre Tecnologia, a especialista fez o questionamento se a novidade é sempre a mais custosa. “Muitas vezes um produto novo, mesmo que inicialmente mais caro, pode compensar pela utilização mais eficaz”. Para ela, outras vezes, o comprador não tem o entendimento adequado para a escolha correta e eficiente e uma equipe multidisciplinar pode auxiliar, assim como um sistema integrado. “Ter o conhecimento de todos esses recursos e funcionamentos dentro de um hospital é essencial para o distribuidor”, complementou.
Em 22 de novembro, haverá uma nova sessão sobre este mesmo tema. Os interessados podem acessar o link para obter mais informações: https://www.abraidi.com.br/Agendas/MaisInfo?idEvento=249. A palestra será gratuita para associadas da ABRAIDI.