Na reunião do bimestral do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, realizada no dia 6 de abril, a diretoria da ABRAIDI apresentou as distorções na saúde que vêm prejudicando o setor de distribuição de produtos médico-hospitalares e pediu a contribuição de todos os players.
O diretor executivo, Bruno Bezerra, destacou que por cinco anos seguidos o valor retido pelos hospitais privados cresce. “O montante passa de R$ 1,4 bilhão. Esse é um problema de afeta de forma mais direta o fornecedor, mas inevitavelmente também recai sobre os hospitais, as fontes pagadoras, os pacientes e os profissionais de saúde, ameaçando a sustentabilidade de tudo. O sistema precisa se harmonizar para que todos façam o que é correto. O certo é faturar dentro do prazo. O setor de distribuição é fundamental para o país”, defendeu Bezerra.
O Instituto Ética Saúde propôs um diálogo com os segmentos envolvidos em busca de soluções. O Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde é formado por 28 entidades que representam a indústria de dispositivos médicos, hospitais, laboratórios, entidades médicas, planos de saúde e indústria farmacêutica.
Recentemente a ABRAIDI teve que ir à imprensa para denunciar as distorções por completa falta de diálogo produtivo com hospitais e planos de saúde. Em reportagem publicada no Valor Econômico e em anúncio em O Estado de São Paulo, a Associação destacou que “a legislação brasileira obriga que todo consumo de produto seja faturado dentro do mês correspondente ao seu uso e o impedimento por parte desses hospitais e planos de saúde significa um não cumprimento, até mesmo uma séria questão ética”.