A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde amplificou a sua relação institucional com a Hospitalar, no São Paulo Expo, em São Paulo, um dos maiores eventos de saúde e tecnologia médica da América Latina. Desde o ano passado, executivos da ABRAIDI e da feira se reuniram para fomentar mais atividades e projetar a participação da Associação nos quatro dias de evento.
Na edição de 2024, a ABRAIDI foi uma das entidades destacadas na sessão solene de abertura, em 21 de maio. O presidente Sérgio Rocha esteve ao lado das principais autoridades e lideranças do setor da saúde, como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva; o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda; o diretor presidente da ANS, Paulo Rebello; o diretor da Anvisa, Daniel Pereira; além do deputado federal pelo PP/RS, Pedro Westphalen, entre outros.
No dia 22 de maio, a ABRAIDI promoveu, dentro da programação oficial da Hospitalar, um debate sobre “Dispositivos médicos e a sustentabilidade da saúde: Novos Caminhos e oportunidades”, que teve as participações da CEO da Cash+, Patricia Narciso, e do diretor da Arthrex do Brasil, Henrique Nunes.
Patricia Narciso traçou um panorama ruim sobre o atual sistema privado de saúde e uma previsão sombria para um futuro nos próximos anos. Para ela, existem alternativas, mas é preciso pensar distante dos atuais padrões e colocar o pé fora da saúde suplementar. “Eles têm um problema sério de gestão e vocês estão completamente dependentes deles. É preciso sair”, mexeu com a plateia a palestrante. A CEO da Cash+ exemplificou o “Pay per use” como uma das opções com pacotes de cirurgias com pagamento em 12 vezes, por exemplo, e ofertando diretamente para o consumidor. “Só dois players estão olhando para esse mercado”, completou.
Henrique Nunes afirmou que o segmento precisa mudar a mentalidade de negociação e encontrar caminhos disruptivos. “Hoje o beneficiário está alheio à decisão e ele precisa ter maior poder de escolha”, defendeu. Outro tópico que o diretor da Arthrex do Brasil apontou foi que as OPMEs não são os ofensores de custos, conforme demonstrado no último Observatório Anahp. Temos que desmistificar que a tecnologia eleva os custos e contribui para a inflação médica.
O presidente da ABRAIDI apontou a questão ética que precisa ser encarada de frente citando como exemplo as sucessivas quebras de contrato e distorções como as retenções de faturamento. “Estamos todos aqui por conta do paciente, mas para muitos players o paciente é o que menos importa, infelizmente”. Após o debate, os palestrantes responderam aos questionamentos da plateia.
O gerente executivo da ABRAIDI, Davi Uemoto, ressaltou a participação em peso das empresas associadas de diversas regiões do país e também a presença dos integrantes do Conselho de Administração da Associação. “Realizamos inúmeras reuniões com empresas internacionais dentro do programa Conexões ABRAIDI e já renovamos a nossa participação para a próxima edição. Estamos planejando novas atividades para o próximo ano”, completou.
A edição de 2024 da Hospitalar reuniu mais de 85 mil profissionais entre médicos, enfermeiros, administradores e empresários, com mais de 1.200 expositores de 50 países. O estande da ABRAIDI, localizado em posição estratégica da feira, teve como parceiros coexpositores a OPME Log, VIMAN Sistemas, LINK Brazil – Implantes Ortopédicos e QC Certificações.