Os diretores Técnico e Executivo da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde, Sérgio Madeira e Bruno Bezerra, receberam o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Sérgio Okane. O médico visitou a sede da ABRAIDI na região central de São Paulo/SP, em 15 de janeiro, após aceitar o convite feito pela Associação.
Sérgio Madeira e Bruno Bezerra conversaram com Sérgio Okane sobre os principais problemas enfrentados pelo setor, como a Portaria 3693/21 que reduziu em até 83% o valor de dispositivos médicos cardiovasculares e as dificuldades que as empresas de distribuição e importação têm vivido por conta das distorções na saúde agravadas pela pandemia. Os representantes da ABRAIDI e do Ministério da Saúde também falaram sobre parcerias e ampliação do diálogo entre os setores privado e público.
“Apresentamos os temas e projetos prioritários da ABRAIDI para 2022, principalmente as ações relacionadas aos 30 anos da Associação que, o representante do Ministério da Saúde foi convidado a participar. Enfatizamos o trabalho de advocacy que faremos em torno da complexidade do trabalho do fornecedor de dispositivos médicos, das peculiaridades do sistema brasileiro de saúde e dos desafios para esclarecer a população de forma geral”, resumiu Bruno Bezerra.
Os diretores da ABRAIDI ainda mostraram ao secretário um panorama de como está a situação dos fornecedores na atual conjuntura da saúde brasileira, em especial na saúde pública – com muitas dificuldades, fluxo de caixa, aumento de custos crescentes, como câmbio, frete e impostos, além do achatamento de preços, entre tantos outros problemas.
Sérgio Okane sinalizou que o Ministério da Saúde está avaliando a Portaria 3693/21 e que a ABRAIDI pode contribuir com sugestões ou apontando os problemas específicos para o fornecimento de dispositivos médicos para o SUS, especificamente marcapassos e stents coronarianos. “As dificuldades já existentes serão ainda maiores para o atendimento de portadores de cardiopatias, com desdobramentos muito desfavoráveis”, deixou claro o diretor técnico, Sérgio Madeira, durante a reunião. O secretário esclareceu a informação contida na retificação da Portaria, publicada em 31 de dezembro, que só haverá efeitos financeiros a partir de 1º de fevereiro, o que corresponde à segunda parcela citada na retificação.
O representante do Ministério da Saúde ainda apresentou um panorama dos desafios da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, dizendo que a principal dificuldade é orçamentária e que os próximos anos, em função desta restrição e do aumento de demanda (cirurgias eletivas represadas, continuidade dos esforços de combate à Covid, compra de vacinas, etc) essa dificuldade deverá se agravar.
Por fim, Sérgio Madeira demonstrou alguns detalhes e funcionalidades da ferramenta InfoABRAIDI, que agrega inteligência aos dados públicos. Sérgio Okane elogiou o trabalho desenvolvido pela ABRAIDI.