O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, fez um discurso em defesa da integridade e educação em sua participação no Ética Saúde Summit 2023 realizado no auditório da FGV, em 4 de maio, na capital paulista. “Antigamente apontava-se o dedo para o culpado. Ética começa pela educação e o nosso país está muito aquém disso. Por isso devemos contemplar a temática desde a base. Esse é o começo de tudo”, defendeu Sérgio Rocha.
O presidente lembrou que assunto sempre norteou os passos da Associação que ele lidera. Rocha destacou que o primeiro Código de Conduta ABRAIDI surgiu em 2006 e já passou por três atualizações e o próprio Instituto Ética Saúde foi idealizado dentro da Associação, em 2015, juntamente com o Instituto Ethos. “A estrutura do IES foi tão robusta que atualmente, oito anos depois, é uma entidade forte e consolidada”, completou.
Mas Sérgio Rocha ressaltou a importância de estar sempre atento aos desafios que aparecem todo os dias. “Precisamos ‘atacar’ os problemas que surgem. Sem termos transparência de onde estão os focos não chegaremos a conclusão e solução alguma. O IES não tem o poder de fiscalização e polícia, mas a possibilidade trazer o tema à tona para toda a sociedade”, contextualizou e concluiu: “não vamos abandonar o que estamos fazendo aqui, numa área tão sensível como é a da saúde. Vamos ter transparência para essa continuidade”.
A mesa de debate na qual o presidente da ABRAIDI participou contou ainda com Luiz Roberto Silva Jr., gerente Jurídico & Compliance da Interfarma; César Nomura, vice-presidente da Abramed; Bruno Sobral, diretor executivo da CNSaúde; Fernando Silveira, presidente da Abimed; e moderação de Lígia Maura Costa da FGVethics. O tema foi “Fornecedores de Produtos e Serviços de Saúde: Inovação, Incorporação Tecnológica, Sustentabilidade Sistêmica, Valor ao Paciente e Dilemas Éticos da Atividade Econômica”.
Além das questões introduzidas por Sérgio Rocha, os demais debatedores discutiram sobre a atual crise financeira da saúde, a tecnologia e a contribuição para o PIB, a gestão de recursos no Brasil que precisa ser revista e a questão de que “investimento em ética não é custo”, nas palavras da moderadora Lígia Maura Costa.
