O presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde, Sérgio Rocha, participou e promoveu uma palestra durante o 13º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção relacionada à Assistência à Saúde, da SOBECC, no dia 30 de agosto, em São Paulo.
Sérgio Rocha destacou o papel do distribuidor na cadeia de saúde. “As empresas, associadas à ABRAIDI, não são responsáveis somente pela venda de um produto, como ocorre em qualquer segmento. Elas precisam, antes da cirurgia, ter toda a questão burocrática resolvida, como os registros sanitários, a importação e armazenagem adequada dos produtos em ambientes estéreis. O mesmo rigor segue no transporte e entrega, após a comercialização”, explicou.
O presidente da ABRAIDI informou que o valor total imobilizado em estoque de produtos para a venda é da ordem de R$ 13,1 bilhões, em torno de 1,61 vez o faturamento anual das empresas, segundo levantamento da própria Associação. “Desse montante, 70% são inerentes à atividade e precisam estar prontos para a venda e 30% são deixados à disposição em consignação no hospital, modelo que representa custos ao fornecedor”, completou.
Sérgio Rocha ainda falou sobre uma das principais distorções do setor da saúde que são as retenções de faturamento. “O valor contingenciado registrado, pela pesquisa da ABRAIDI nesse ano, foi de R$ 723 milhões, sendo R$ 347,6 milhões retidos por hospitais privados, R$ 339 milhões por planos de saúde e R$ 36,6 milhões por hospitais públicos”. Além de glosas injustificadas que somam R$ 116,6 milhões e a inadimplência com R$ 610,7 milhões, totalizando R$ 1,450 bilhão de recursos.