ABRAIDI promove reunião com associados de Minas Gerais, que denunciam atrasos de pagamentos por hospitais e planos de saúde em quase seis meses

O sexto encontro regional foi marcado por relatos de queda de faturamento das empresas devido à redução de procedimentos cirúrgicos eletivos e de urgência em 60%, no início da pandemia. Em pesquisa realizada com associadas mineiras, 85% informam que estão enfrentando problemas logísticos com alta de custos para transporte de produtos de saúde

A ABRAIDI realizou, em 3 de junho, mais um encontro online com empresas sediadas no Estado de Minas Gerais. É o sexto de um giro pelo país promovido pela ABRAIDI. Os representantes informaram uma série de problemas enfrentados de forma sistemática e que foram agravados com a pandemia do coronavírus. 

Associados de Minas Gerais relataram que os pagamentos estão demorando a serem efetuados em torno de 180 dias, desde a realização do procedimento cirúrgico. Segundo os executivos, hospitais, operadoras e planos de saúde retêm os faturamentos, ou seja, não permitem a emissão da nota fiscal de imediato, depois realizam glosas injustificadas para procedimentos pré-autorizados, postergam os pagamentos e, por fim, impõem descontos financeiros para efetivar a quitação, seis meses após.

Outra questão abordada pelos associados é que a demora para a liberação de faturamento, muitas vezes é tão grande, que o produto consignado chega a ter a sua validade vencida, quando o hospital ou operadora autorizam a emissão da nota. “Precisamos agir com rapidez e formular uma lista de quem está praticando essas distorções para que a Associação possa solicitar reuniões setoriais para solucionar o problema. Já denunciamos na CVM as operadoras com ações na bolsa de valores pela mesma prática”, contou o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha.  

  • As cirurgias eletivas e procedimentos de urgência tiveram uma queda de 60%, nas primeiras semanas da pandemia, mas atualmente estão retomando lentamente. “A diminuição está atualmente entre 40% e 50% do período pré-Covid-19, com leve alta nas cirurgias de emergência”, falou um dos executivos que completou: “está havendo uma pressão dos médicos para uma retomada maior, mas a população ainda está cautelosa”. O presidente da ABRAIDI lembrou que, na maioria dos demais estados, a redução de procedimentos chega a 90%.

    Uma pesquisa realizada, durante o encontro, confirmou que 85% das empresas têm enfrentado problemas logísticos na região, sendo que 29% constataram aumento no custo do transporte de produtos para a saúde em mais de 100%, para 28% a alta ficou entre 50% e 100%, já para 29% entre 30% e 49% e 14% em menos de 30% de elevação nos custos.

    O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, destacou os problemas enfrentados pelo setor e os caminhos que a Associação vem trilhando para auxiliar as empresas. O diretor-executivo Bruno Bezerra complementou as informações e ressaltou que, em 2019, a ABRAIDI protocolou mais de 400 ofícios para hospitais e operadoras denunciando as distorções praticadas, como a retenção de faturamento, postergação de pagamentos e glosas injustificadas.  

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