ABRAIDI participa da MedTech Conference em Toronto, no Canadá.

A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde esteve representada, pelo presidente Sérgio Rocha e, gerente executivo, Davi Uemoto, na MedTech Conference, que reuniu, entre 15 e 17 de outubro, mais de 4 mil representantes da indústria de devices de 48 vários países, em Toronto, no Canadá.

Segundo a definição publicada no site do evento, a MedTech Conference é o ambiente “onde inovadores de todas as áreas da indústria de dispositivos médicos se reúnem para romper as limitações atuais e mostrar o que fazem de melhor — colocar o futuro do cuidado com a saúde em movimento e manter os pacientes em movimento”, resumiu.

Participaram do encontro, representantes de empresas de dispositivos médicos, diagnósticos, tecnologias de imagem e digitais para debater os avanços realizados por cientistas, empreendedores, acadêmicos e investidores do setor de tecnologia médica.

Davi Uemoto destacou alguns pontos abordados durante os três dias da conferência como a busca constante pela eficiência. “Talvez tenha sido a palavra que eu mais ouvi nas palestras. “Financial constraints” (períodos de austeridade) demandam soluções inovadoras, que reduzam custos e permitam ganhos de escala”, completou. Outro assunto bastante tratado foi a transição de um modelo de Supply Chain linear para um ecossistema digitalizado com conexões dinâmicas. “Foi discutido o fortalecimento de uma rede colaborativa e complementar pautada em inteligência artificial, evidências de mundo real, dados e análises clínicas”, destacou.

O gerente executivo ainda ressaltou temáticas como os debates sobre a tecnologia certa, no momento adequado para o paciente correto; a questão do acesso, já que não deixa de ser desperdício a tecnologia que não chega ao paciente, com discussões sobre viabilidade financeira; a colaboração e parceria entre empresas que se juntam momentaneamente para atender e obter ganhos de escala; entre outros tantos assuntos.

A delegação do Brasil na, MedTech Conference,contou com a importante participação da Anvisa , representada pelo diretor, Daniel Pereira, pela gerente-geral da Gerência de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS), Karen Noffs e pela responsável pelo Departamento de Cooperação Internacional da Agência, Bianca Zimon. Na ocasião, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, Bruno Boldrin, apresentou a agenda da ABIIS em relação à Anvisa. Os destaques foram a defesa de uma regulação inteligente; boas práticas regulatórias e acordo de cooperação econômica Brasil e Estados Unidos (ATEC); participação da Anvisa nas discussões da regulamentação da inteligência artificial no Brasil; bem como o Fórum da ABIIS.

Os representantes da Anvisa comentaram sobre a estruturação da GGTPS visando ganho de eficiência, sobretudo, relacionada à análise de registro de produtos. “Esse novo modelo demandará a participação ativa das entidades setoriais para apoiar na agenda de capacitação”, informaram os técnicos da Agência.

Davi Uemoto conta ainda que foi objeto também de debate a importância do reliance (confiança regulatória), instituído no Brasil por meio da Instrução Normativa (IN n.290/2024) publicada em abril deste ano. “Esse mecanismo tem como objetivo abreviar o processo de análise para dispositivos médicos das classes III e IV, desde que os dispositivos tenham sido reconhecidos por autoridade reguladora estrangeira equivalente (AREE), até o momento, as agências dos países que fazem parte do Medical Device Audit Program (MDSAP): Austrália; Canadá; Estados Unidos e Japão”, detalhou o gerente executivo da ABRAIDI.           A agenda de reuniões foi bastante intensa e começou, na segunda-feira (14 de outubro), antes mesmo do evento principal, com o encontro da Global Medical Technology Alliance (GMTA). “Trata-se de um grupo de associações de dispositivos médicos de vários continentes, que representam cerca de 85% do mercado mundial de devices, diagnóstico e equipamentos. É um fórum importante para entender as principais regulamentações e desenvolver políticas voltadas ao acesso da população a tecnologias médicas inovadoras”, conta Sérgio Rocha.

Continue lendo

Acesse a
área exclusiva
para associados