ABRAIDI inicia rodada de reuniões regionais com relatos preocupantes e de deterioração do sistema de saúde

Associados relataram problemas relacionados à falta de pagamentos, que chegavam a 180 dias com hospitais, e passam deste prazo pelas operadoras. Os executivos informaram inexistência de cirurgias eletivas e redução de 80% nas emergenciais e, por fim, problemas logísticos que têm elevado o custo em até 1.600%.

  • A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde começou, em 14 de maio, uma série de reuniões regionais com os estados da região Norte. Participaram representantes de empresas no Acre, Amazonas, Amapá e Pará. A ABRAIDI também fará encontros com estados do Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo ainda neste mês.

    O encontro foi aberto pelo presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, afirmando que o encontro era para ouvir a realidade dos associados e conhecer melhor as necessidades de cada estado, já que o Brasil é um país continental com situações bastante distintas. Rocha lembrou a situação difícil que todos estão vivendo por conta da pandemia de Covid-19. “Espero que possamos nos manter bem nessa crise”, desejou.

  • O diretor-executivo, Bruno Bezerra, relatou as atividades realizadas pela ABRAIDI e destacou que os comunicados foram intensificados com os associados durante a crise sanitária. “Ampliamos as reuniões online, que já realizávamos mesmo antes da pandemia, e os eventos. Estamos dialogando, de forma remota, com órgãos governamentais, de controle e agências reguladoras para debater temas pertinentes aos associados, além da participação de comitês de crise setoriais”.

  • Problemas relatados na região Norte

  • Os associados relataram problemas relacionados à falta de pagamentos por hospitais que chegaram a 180 dias, além de glosas sem justificativas e sem apresentação de relatórios. Nas negociações diretas com as operadoras, as empresas disseram que o tempo para recebimentos foi ainda maior e com exigências absurdas de documentação não pertinentes às distribuidoras. O presidente Sérgio Rocha lembrou que há três anos a ABRAIDI vêm denunciado os problemas de retenção de faturamento para diversos órgãos, inclusive na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

  • Os representantes das empresas também falaram da retração de praticamente 100% nas cirurgias eletivas e até 80% nas emergenciais pela falta de leitos em UTIs nos hospitais, que já estão em colapso em muitos estados da região.
  • Os executivos ainda informaram sobre os sérios problemas logísticos com prazos e regularidade de voo. Uma carga, por exemplo, teve que sair de Manaus, ir para São Paulo, depois voltar para Belém do Pará para chegar finalmente em Macapá. O custo do frete tem aumentado de forma absurda, segundo relatos, com elevação de 300% a 1.600%. O diretor Bruno Bezerra falou da situação financeira grave das companhias aéreas, relatadas pelo próprio ministro da Infraestrutura, em reunião na qual a ABRAIDI participou em 11 de maio.

  • Confira as próximas datas: https://abraidi.com.br/Agendas/Agenda 

  • Continue lendo

    Acesse a
    área exclusiva
    para associados