Caso inédito é realizado por grupo de médicos brasileiros em parceria com a Braile Biomédica, associada e integrante do Conselho de Administração da ABRAIDI.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Associadas a outras enfermidades, elas podem levar o paciente a morte ainda mais rapidamente. Mas, assim como a população envelhece e adoece, os avanços da medicina também têm crescido consideravelmente.
Aos 64 anos, a paciente de Assunção, no Paraguai, que havia realizado troca valvar cardíaca em 2014, foi diagnosticada com extenso pseudoaneurisma aórtico. Após 7 tentativas de implante de plugs vasculares, possuindo aorta em porcelana e EuroScore II (Sistema Europeu de Avaliação de Risco em Cirurgia Cardíaca) de 28,46%, a mesma apresentava alto risco cirúrgico e sem outras alternativas terapêuticas ou ensaios clínicos a que poderia ser incluída. O médico responsável pelo caso, Dr. Oscar Bernal Quiñonez em parceria com os médicos brasileiros, Dr. José Honório Palma (Incor/SP e Escola Paulista de Medicina), Dr. Diego Gaia (Escola Paulista de Medicina) e Dr. Domingo Braile da Braile Biomédica (indústria brasileira conhecida pelo pioneirismo no desenvolvimento de produtos e soluções para doenças cardiovasculares), se uniram para buscar uma alternativa de tratamento para a paciente e decidiram por algo inédito: um produto ainda inexistente a ser desenvolvido especialmente para ela.
Em virtude da proximidade entre médicos e a indústria, foi possível desenvolver uma tecnologia única chamada “Endobentall” pelos inventores, por ser uma Endoprótese com uma Válvula Transcateter nela acoplada. O nome “Endobentall” deu-se por referenciar a cirurgia de Bentall e De Bono, consagrada técnica cirúrgica que não é indicada para pacientes com alto risco cirúrgico ou inoperáveis.
A grande novidade foi o desenvolvimento da referida prótese personalizada para a paciente, uma vez que o procedimento padrão ouro foi contraindicado.
O implante do “Endobentall” nesta paciente no Paraguai foi o primeiro no mundo e teve duração de 6h30. Sem complicações, em 8 dias a paciente já estava se recuperando em casa. Aos 6 meses de acompanhamento, está assintomática e bem.
Esse procedimento inédito gerou e está gerando estudos e publicações. Um dos trabalhos foi apresentado no maior evento de cardiologia do mundo, o EuroPCR em Paris, realizado de 18 a 21 de maio de 2019 e se destacou entre os 8 melhores dentre os 1400 trabalhos submetidos. Após essa apresentação, a publicação foi selecionada entre as 3 melhores do mundo e será premiada em novembro, no PCR London Valves, evento voltado para médicos e cirurgiões cardiovasculares, que reúne profissionais de todos os cantos do planeta para aprender, compartilhar e evoluir.
Soluções como essa só são possíveis quando médicos e indústria trabalham em união e sintonia. Para Rafael Braile, diretor executivo da Braile Biomédica, indústria que fabricou a nova solução e detém a patente, sendo de exclusiva fabricação, “O Endobentall é um grande avanço que estamos trazendo para a humanidade e todos que assistiram a apresentação nos parabenizaram por mais uma revolução no campo da cardiologia”.
Construída pela necessidade em viabilizar a cirurgia cardíaca para toda a população brasileira, a Braile Biomédica foi fundada em 1977 pelo cirurgião cardiovascular Prof. Dr. Domingo Braile. É conhecida por ser um avançado polo fabricante de produtos médico-cirúrgico-hospitalares. A empresa desenvolve e fabrica produtos das linhas Cardiovascular, Biológica, Soluções, Eletromédicos, Endovascular, Transcateter e Oncologia, frutos da tecnologia agregada aplicada a outras áreas da Medicina, tendo como missão institucional aplicar Ciência, Inovação, Liderança e Tecnologia na criação e fabricação de produtos e equipamentos médicos.